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Chegamos na escola por volta das 6:20h, eu a alicia, o danillo, e os outros dois meninos que eu não me recordo o nome, não tinha nenhum aluno, só a gente, ficamos do lado de fora esperando o resto do pessoal chegar, depois de uns 5 minutos a alíne chegou com a rafaella, e percebemos uma movimentação, por parte de uma das moças da secretaria que estava nos observando, decidimos descer e esperar no início da rua, quando a escola já estava bem cheia, e já sabíamos que as demais pessoas demorariam pra chegar, resolvemos entrar na escola, isso era 6h40, quando chegamos no portão o Didi, vice diretor do noturno estava no portão, esperando a nossa entrada, ele nos deu bom dia e entramos como se não quiséssemos nada, até porque, eu, a alíne e a rafaella, somos alunas da manhã, entramos na escola, e começamos a conversar de grupinho em grupinho de alunos, informando a situação, e comunicando que queríamos fazer uma assembléia pra expor o que queríamos e pra ouvir o que eles queriam.
Com a chegada dos demais participantes, como o Benjamim, a escola já sabia que a nossa intenção era ocupar, então eles começaram a perguntar um a um quem era estudante daquele período, isso no portão interno.
Passados alguns instantes, o Didi veio "convidar" o danillo a se retirar, e assim foi um por um, até que ficou só a gente, mais alguns alunos e a alicia conversando com ele. Ele tentou de todas as formas nos convencer de que aquilo iria prejudicar o ano letivo dos futuros formandos e até dos demais alunos. Conversamos, com ele, com a Marcia e com a Roberta, até que a marcia sugeriu a conversa na sala dela, mas antes, ela e a Roberta entraram, fecharam a porta e as duas conversaram, a alicia, a alíne e a rafaella, ficaram bastante tempo conversando com a marcia na sala dela, e havia sido decidido uma reunião, nossa com o corpo docente, a alicia, por precaução, disse que esperaria o advogado, pois eles queriam pressionar, e que o advogado iria dar um suporte nessa ocasião. Nesse meio tempo, a ronda chegou, levando o danillo e os meninos pra fora da escola, porque até então eles estavam no pátio externo. Ficamos sem saber o que acontecia com eles, e como o advogado demorou, a reunião aconteceu somente com os professores e a direção, onde uma professora nos informou que lá dentro foi aconselhado que os professores fizessem a cabeça dos alunos, para que eles fossem contra a ocupação, a professora disse que essas foram as palavras e que essa iniciativa teria vindo por parte de uma professora porque a Marcia estava totalmente sem rumo. A Mônica policial da ronda escolar, estava nessa reunião, e disse que a Marcia tinha perdido o controle da situação e que ela devia se impor, então a mesma professora disse pra Marcia colocar todos os alunos dentro das salas.
Foi aí que fomos todos obrigados a deixar a alicia sozinha e subir pra sala, eu enrolei pra subir e pude ver a alicia entrando na sala da direção na companhia de um policial, nesse meio tempo mais duas viaturas da pm tinham chegado. Entrei na sala e depois de alguns instantes, os alunos que estavam somando com a gente subiram desesperados dizendo que a alicia havia sido levada pela polícia. Na sala onde eu estava, a professora disse que ela não ia fechar as médias e que a gente ia ser prejudicado, e que não iríamos passar de ano e quando um aluno se manifestou dizendo que ele achava que tinha que ocupar mesmo, a professora muito nervosa , se exaltou e mandou o aluno calar a boca, aos berros ela disse "Cala a Boca"
Saímos da sala e ficamos sem saber do que estava acontecendo na direção e o que estava acontecendo com a alicia. Na terceira aula, os alunos envolvidos na ocupação começaram a receber ligações dos pais desesperados, pois o conselho tutelar havia ligado, e dito que os alunos fizeram arruaça e que os filhos deles estavam no meio. Teve até um caso que o pai da garota disse que ia entrar na justiça pra tirar a guarda dela da mãe, pois ela era irresponsável por deixar a filha deles no meio de gente como nós, a mãe do Jefferson também estava desolada pois o conselho tutelar havia dito que ela não era presente na vida do filho e que ela era irresponsável.
Alguns pais foram buscar os filhos, e a direção informou a eles, lá mesmo, na escola, que nós estávamos no nosso direito, mas que a gente estava sendo influenciados por pessoas da LibRe e outras pessoas que estavam envolvidas. Chegaram a dizer pra alguns pais que tentamos agredir a Marcia.
Depois disso, não houve mais nada sobre o assunto, só na última aula que eu entrei numa sala onde a coordenadora estava lendo as reportagens pra professora e foi aí que eu vi que já estava tudo na mídia. A direção disse à alguns pais que se eles não fossem à escola, os filhos deles seriam expulsos.
e foi isso que aconteceu.