Verificado

Racismo Institucional na UFPA

12:15 Nov 28 2017 Belém

Descrição
No dia 22 de Novembro de 2017, eu, Carmim Oxorô fui agredidx pela segurança da UFPA que estava de serviço na Bibliota Central da Instituição sob a acusação de roubo de livros.
Eu havia entrado rapidamente na mesma sem acessar as áreas dos livros - atrasado que estava para o acontecimento no Bloco K do profissional onde aconteceria um debate/encontro para discutirmos as questões de violência configurada como racismo e misoginia - olhei o horário: mais de 14:30 e me apressei a sair imediatamente, duas pessoas brancas seguiam na minha frente e passaram pelo detector magnético que soo, eu estava saindo neste momento, o segurança ignorou as outras pessoas brancas e me abordou no hall de entrada truculentamente já lançando mão em minha bolsa e puxando e dizendo: Devolve o Livro! (a saber, me criminalizando e punindo) eu disse que não tinha nada comigo e que não seria arrastadx para dentro sob violência e violação da minha integridade física o que configurava, agora sim, CRIME!!! e que ele responderia judicialmente por isso, ele persistiu, me empurrou com ódio e forçou mais meu corpo me agarrando pelo braço e puxando com a outra mão minha bolsa, resisti e dei sinal de alerta a todas, todos e todes que estavam no local para intervirem, ele estava me machucando, me ferindo, com ódio por eu ser byxa rebarbada preta e que não cederia a humilhação e ao tratamento como LIXO que me era dado. Arrancou minha bolsa, meu braço ficou e está marcado a coordenação da biblioteca não me prestou socorro, antes endossou a ação da segurança. Ainda, um dos seguranças, quando eu disse que eu era Byxa Preta me disse que essa era a minha CRUZ! e que chamariam a PM, terrorismo psicológico, que minha resistência de não ser feridx mais e mais configurava desacato e que acatar era ceder e servir as ordens dos patriarcas fardados que negam e negaram meu direito a existir naquele espaço.
Resisti - trancei meus braços machucados e doendo na máquina magnética de detectar "vagabundx", já que ninguém me ouviu, ninguém reagia para impedir a violência, expus mais meu corpo na frente dos alunxs, funcionárixs, seguranças e protestei bloqueando a passagem de quem quer que fosse pelo sensor: Haveriam de me ouvir ou me atropelar! Chegaram outros seguranças, um deles, mais escroto, mais vil, mais baixo que encostando a mão no meu corpo que se expunha em protesto disse que eu parasse de onda e que se: NÃO SAIR POR BEM... VOCÊ ESCOLHE! amplifiquei imediatamente a ameaça em voz baixa dita próximo a minha orelha para todxs testemunharem e impedir o desdobramento da tortura psicológica que é parte intrínseca do treinamento contra o "inimigo" interno, o povo preto, a Byxa Preta Rebarbada. Não arredei. O agressor na minha frente o tempo todo durante uma hora ou mais. Os fascistas ao meio das pessoas murmuravam que se eles suspeitavam de mim era porque devia. Foi quando a segurança, com aval da coordenação da biblioteca, teve a ideia sublime de passar as bolsas e materiais das pessoas por entre meus braços e pernas, forçando-as, a violência é uma continuidade. Não Arredei sem haver intervenção de assistência jurídica de Darlah Farias e das pessoas que combatem o racismo e transfobia cotidianamente dentro e/ou fora dos portões da universidade.
Os agressores ocultaram suas identificações e corporativistas se protegeram entre si quando pressionados a se identificarem - evadiram todos numa viatura oficial - mais tarde no posto da guarda próximo a prefeitura do campus, com a foto do agressor em mãos, os oficiais se recusaram a identificar o "colega".
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